No sábado, dia 09 de junho, a PdD recebe a fotógrafa Sylvie Moyen, para conduzir uma visita guiada à exposição “Fresta de Paz, um olhar sobre Myanmar”, de sua autoria. Hoje, em nosso blog, Sylvie dá uma prévia da visita, contando a história de três belíssimas fotografias que compõem a mostra. Um privilégio poder conhecer os detalhes por trás do belo trabalho. Confira:
História das fotos
Ficha técnica:
(SHWEDAGON PAGODA)
Yangon – Myanmar – 2014
Impressão a base de pigmento mineral sobre papel 100% algodão
“Minha primeira parada neste país único foi em Yangon. Um lugar mágico, mítico, cercado de uma crença muito forte. Entrei no Shwedagon Pagoda e pude observar os locais cultivando sua fé, meditando, levando flores ao Buda. Aproximadamente as 16 horas, várias mulheres varriam de forma comunitária todo o chão da Pagoda, todas descalças com seus longuis coloridos. Ao redor da pagoda, é possível achar várias miniaturas de Buda com os dias da semana. A tradição manda banhar o Buda do dia em que você nasceu”.
Ficha técnica:
MÃE e FILHO da tribo ENG
Keng Tung – Myanmar – 2014
Impressão a base de pigmento mineral sobre papel 100% algodão
“Em um país com 145 etnias, eu me senti como se tivesse tropeçado em uma edição viva da National Geographic de 1910! É incrível a variedade de cores, de vestimentas e ornamentos que definem cada tribo. Esta fotografia foi tirada na tribo Eng. Os bêbês ficam amarrados junto à mãe por um pano. Ela estava agachada no chão peneirando o arroz enquanto seu filho dormia profundamente.
As mulheres desta tribo são conhecidas como as mulheres dos dentes pretos. Elas mastigam a casca de uma árvore e um noz que solta um caldo vermelho para tingir os dentes. É um ritual de beleza que passa de mãe para filha”.
Ficha técnica:
Inle Lake – Myanmar – 2014
Impressão a base de pigmento mineralsobre papel 100% algodão
“Na minha visita a Inle Lake tive o privilégio de andar de canoa com um pescador. Sua canoa é fina, o pescador fica na ponta e eu em outra. Ele é quase um malabarista. Eles ficam em pé na ponta do barco remando com a perna e seguram um cesto nas mãos levantado para o ar. Eles procuram os peixes e lançam o cesto no lago para prendê-los em sua rede. Tive que fazer minhas fotos rapidamente pois o vai e vem da canoa me enjoou rapidinho. Pedi para voltar em inglês mas ele não me entendeu, aí tive que apelar para a famosa mímica universal de ‘chamar o juca’. Funcionou perfeitamente”.
Gostou? Então aproveite para visitar a exposição “Fresta de Paz, um olhar sobre Myanmar”, no PdD Espaço de Arte.